martes, 16 de junio de 2009

Uma mensagem para a posterioridade

Essa semana dois documentários me deixaram com a tal pulga atrás da orelha. Impressionante como eles se entralaçaram mesmo estando distantes uns vinte canais no aparelhinho da NET. Não lembro do nome de nenhum dos dois, mas o primeiro era uma espécie de teoria conspiratória (sou um fã dessas teorias absurdas, mas sempre impossíveis de negar completamente). Tratava das coincidências mais do que estranhas entre algumas das civilizações mais antigas do planeta. Incas, aztecas e egípcios, com suas pirâmides alinhadas às contelações e matematicamente perfeitas. Esses povos demonstravam nessas construções conhecimentos de matemática e astronomia que superavam o dos europeus pelo menos até a época das navegações. Sem contar, inclusive com os fatos inexplicáveis até hoje. Como eram manuseados os gigantescos blocos de pedra sem que a polia e os guindastes tivessem sido inventados? Como eram talhadas de maneira perfeita as pedras? Como foram escavadas as câmaras internas das pirâmides? Essas são tarefas que realizadas hoje, com todos nossos avanços, continuam sendo complicadas. Mudando radicalmente de assunto, já que eu não tenho as respostas para essas perguntas (a resposta dada pelo documentário foi o avançado povo de Atlântida), chegamos ao assunto do segundo documentário. Essas civilizações desapareceram, mas ainda hoje podemos encontrar seus vestígios e, no caso dos egipcios, até seu conhecimento talhado nos blocos de mármore em forma de hieroglifos. O que aconteceria com todo esse nosso conhecimento armazenado se os humanos desaparecessem? O documentário dizia que nossa sociedade moderna não chega a encher uma página na história da Terra. Nosso livros, documentos e outros papéis importantes não durariam nem cem anos sem cuidados humanos. Nossos CDs, DVDs, HDs, e quaisquer outros meios eletrônicos que utilizamos para armazenar informações não chegariam aos 200 anos. Prédios comuns e maravilhas arquitetônicas contemporâneas durariam de 300 a 500 anos sem receberem cuidados. O mato e os animais silvestres retomariam seus postos que tomamos para construir as cidades. O que restaria de nós? Estátuas, pias de mármore e panelas de aço inox? Os vestígios dos seres humanos para a próxima vida inteligente que aparecesse em nosso planeta seriam então as mesmas pirâmides e outros vestígios de civilizações antigas que estudamos hoje. Mas a capa da Veja dessa semana (“Os mortos falam”) me deu um insight. As lápides são feitas de mármore e deixam ali ao menos uma recordação de como existimos. Então, se você quiser deixar uma mensagem para a posterioridade, compre já seu bloco de mármore e comece a entalhar, já que dificilmente alguém consegue escrever na própria lápide.

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