martes, 23 de junio de 2009

Máximas... II

Jornalismo político é como sexo. Você pode até fazer, mas para fazer bem mesmo, tem que saber foder direito.

martes, 16 de junio de 2009

Máximas...

Não consigo confiar em alguém que se leva a sério demais.

Uma mensagem para a posterioridade

Essa semana dois documentários me deixaram com a tal pulga atrás da orelha. Impressionante como eles se entralaçaram mesmo estando distantes uns vinte canais no aparelhinho da NET. Não lembro do nome de nenhum dos dois, mas o primeiro era uma espécie de teoria conspiratória (sou um fã dessas teorias absurdas, mas sempre impossíveis de negar completamente). Tratava das coincidências mais do que estranhas entre algumas das civilizações mais antigas do planeta. Incas, aztecas e egípcios, com suas pirâmides alinhadas às contelações e matematicamente perfeitas. Esses povos demonstravam nessas construções conhecimentos de matemática e astronomia que superavam o dos europeus pelo menos até a época das navegações. Sem contar, inclusive com os fatos inexplicáveis até hoje. Como eram manuseados os gigantescos blocos de pedra sem que a polia e os guindastes tivessem sido inventados? Como eram talhadas de maneira perfeita as pedras? Como foram escavadas as câmaras internas das pirâmides? Essas são tarefas que realizadas hoje, com todos nossos avanços, continuam sendo complicadas. Mudando radicalmente de assunto, já que eu não tenho as respostas para essas perguntas (a resposta dada pelo documentário foi o avançado povo de Atlântida), chegamos ao assunto do segundo documentário. Essas civilizações desapareceram, mas ainda hoje podemos encontrar seus vestígios e, no caso dos egipcios, até seu conhecimento talhado nos blocos de mármore em forma de hieroglifos. O que aconteceria com todo esse nosso conhecimento armazenado se os humanos desaparecessem? O documentário dizia que nossa sociedade moderna não chega a encher uma página na história da Terra. Nosso livros, documentos e outros papéis importantes não durariam nem cem anos sem cuidados humanos. Nossos CDs, DVDs, HDs, e quaisquer outros meios eletrônicos que utilizamos para armazenar informações não chegariam aos 200 anos. Prédios comuns e maravilhas arquitetônicas contemporâneas durariam de 300 a 500 anos sem receberem cuidados. O mato e os animais silvestres retomariam seus postos que tomamos para construir as cidades. O que restaria de nós? Estátuas, pias de mármore e panelas de aço inox? Os vestígios dos seres humanos para a próxima vida inteligente que aparecesse em nosso planeta seriam então as mesmas pirâmides e outros vestígios de civilizações antigas que estudamos hoje. Mas a capa da Veja dessa semana (“Os mortos falam”) me deu um insight. As lápides são feitas de mármore e deixam ali ao menos uma recordação de como existimos. Então, se você quiser deixar uma mensagem para a posterioridade, compre já seu bloco de mármore e comece a entalhar, já que dificilmente alguém consegue escrever na própria lápide.

viernes, 12 de junio de 2009

O veloz tempo

“Do manual de matemática existencial: a taxa de velocidade é diretamente proporcional à intensidade do esquecimento. Existe um elo secreto entre lentidão e memória, entre velocidade e esquecimento.” Milan Kundera

São com essas palavras que entro no universo da internet. A web é uma infinita fonte de informações. É impossível calcular quantas novas notícias, quantos novas postagens em blogs foram postas online durante esse tempo em que escrevo o primeiro para esse blog. Do jeito que eu me enrolei, devem ter sido informações para um milhão de teses de doutorado. Será? Quantidade nunca foi qualidade (para ter pelo menos um chavão nesse texto). Além disso, junto com a velocidade vem uma data de validade reduzida. Se o jornal de ontem serve hoje só para embrulhar o peixe, o post teria quanto de vida útil? Claro que sempre há excessões à regra. O que cria essas excessões é a intesidade. Uma noite intensa fica guardada na memória. Um relacionamento intenso, mesmo que só de alguns meses, é inesquecível. Algo parecido pode acontecer com uma reportagem. Aquela que deixa uma marca na memória, não para sempre, mas que faz refletir por horas, dias, aquele assunto incômodo ou surpreendente. Não recordo de nenhuma matéria lida na internet que me marcou. Talvez o excesso não nos deixe concentrar o raciocínio em um assunto, que mesmo merecedor de atenção, acaba não tendo. A parte biológica da memória fica para um outro post. Tenho que conversar com uma amiga médica para isso. Mas antes quero deixar um desafio. Ao invés de um recado no orkut, tente ligar para a pessoa. Em vez de conversar pelo msn, convide para um café. Converse pessoalmente. Acho que estamos perdendo a capacidade de conversarmos olho no olho, mas essa já é outra teoria e fica para um outro dia.